terça-feira, 22 de março de 2011

Transtorno do Processamento Auditivo


Quando o bebê nasce, somente a parte periférica da audição está pronta. Os “caminhos” que os sons percorrem até chegar ao cérebro
ficarão prontos durantes os 2 primeiros anos de vida, de acordo com os sons e do ambiente no qual a criança está exposta. O
processamento auditivo se refere a uma série de operações que sistema auditivo realiza para receber, detectar, atender, reconhecer,
associar, integrar os estímulos acústicos e, a partir disso, planejar e emitir repostas. Ou seja, é “ aquilo que você faz com o que ouve”. É
uma habilidade sofisticada que é desenvolvida, principalmente durantes os primeiros anos de vida, por meio de experiências acústicas às
quais esta é exposta.
Distúrbio do processamento auditivo é uma dificuldade em lidar com as informações que chegam pela audição. A criança pode ter
audição normal e ter dificuldade para compreender o que é falado.
O comentário mais freqüente feitos por indivíduos com este distúrbio é “ Eu sei que você falou, mas não entendi o que você disse. Dá pra
repetir?” . Pais e professores acham difícil compreender como alguém, com audição normal, pode agir como surdo em alguns momentos.
Sendo assim, os sintomas são interpretados como falta de atenção e interesse, ou até mesmo, à preguiça ou descaso em responder a
eles.
Características das crianças com distúrbio do processamento auditivo:
- Crianças desatentas;
- Não acompanham uma conversa com muitas pessoas falando ao mesmo tempo;
- Não compreendem facilmente uma piada ou “duplo-sentido”;
- Não atendem prontamente quando chamadas, ou precisam ser chamadas várias vezes;
- Têm dificuldades para falar o “R”e o “L”;
- Se atrapalham ao contar uma história ou dar um recado;
- Apresentam dificuldades escolares, principalmente em matemática e português;
- Apresentem dificuldades para aprender a ler e escrever;
- Escrevem em “espelho” ou trocam letras na escrita;
- Apresentam letra feia;
- Têm dificuldades para entender o que lêem;
- Apresentam problemas de memória;
- São muito agitadas ou muito quietas;
- Apresentam dificuldade de relacionamento com crianças da mesma faixa etária.
Como Saber?
É necessário que a criança faça uma avaliação da audição completa, com um fonoaudiólogo, incluindo testes especiais para avaliar a
audição central.
O que fazer?
As habilidades auditivas, necessárias para a compreensão da fala podem ser treinadas. O tratamento inclui modificações no meio
ambiente, além de atividades e estratégias que estimulem as habilidades auditivas comprometidas.
Érica Cimadon
Fonoaudióloga CRFa/RS 9092
Esp. Neuropsicopedagogia e Educação Inclusiva
Aperf. em Neuroaudiologia (HCPA)

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