sexta-feira, 2 de março de 2012

PROBLEMAS VOCAIS NA INFÂNCIA


A incidência de problemas vocais, também chamados de disfonia, na população infantil tem aumentado consideravelmente nos últimos tempos. Tais alterações manifestam-se na forma de rouquidão, soprosidade vocal, intensidade elevada ou fraca demais, tom de voz muito agudo ou muito grave para a idade ou sexo.  
Geralmente, a disfonia está associada aos hábitos nocivos ao sistema fonador, como esforços violentos e repentinos da voz ou uso constante de práticas vocais inadequadas como gritos, riso ou choro excessivo, pigarro, tosse, etc. Além disso, a disfonia pode ser decorrente do mau funcionamento das estruturas responsáveis pela produção da voz (laringe, cavidade oral e nasal), ou ainda, condições inadequadas de respiração (respirar pela boca).
Em muitos casos, os abusos vocais cometidos pelas crianças podem ocasionar a formação de nódulos nas pregas vocais, podendo haver indicação cirúrgica para removê-los.
Por isso, reforça-se a importância de pais e educadores estarem atentos as crianças durante suas atividades diárias, a fim de que se possam detectar o abuso vocal. Além disso, um trabalho de orientação quantos aos hábitos nocivos e cuidados com voz é imprescindível na prevenção de problemas ligados à voz.
Diante de um quadro de disfonia que persista por mais de 15 dias, o indicado é procurar a ajuda de um profissional, como um fonoaudiólogo ou um médico otorrinolaringologista. Além disso, deve-se evitar o uso de balas ou pastilhas para melhorar a qualidade vocal e priorizar sempre a ingestão de água em temperatura ambiente.

 Érica Cimadon - Fonoaudióloga

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Oficina de Férias - Pequenos Cientistas





A Clínica Jeito de Ser, em parceria com a casa de festas Allegria Festas está provendo a 3ª edição da Oficina de Férias para crianças de 4 a 8 anos de idade. Desta vez, o tema abordado será Pequenos cientistas.

Além de diversão, as crianças participarão de atividades que irão explorar os quatros elementos: água, terra, ar e fogo, através de experiências e atividades lúdicas, que irão despertar o interesse por ciências e associar as experiências à importância de cada elemento explorado para a manutenção da vida e do planeta..
Todas as atividades serão acompanhadas por profissionais capacitados e com formação nas áreas de educação e saúde.

Além das atividades pedagógicas, as crianças poderão usufruir de toda a estrutura da casa de festas, que conta com uma enorme área de recreação, com a supervisão de recreacionistas.

A Oficina Pequenos Cientistas terá duas edições distintas, uma nos dias 16 a 19 de janeiro e outro nos dias 06 a 09 de Fevereiro das 13:30 as 17:30 hrs.
As vagas são limitadas e as inscrições poderão ser feitas na Clínica Jeito de Ser ou na Allegria festas.

Informações sobre valores e programação podem ser obtidas através dos telefones (54) 3454 4092 e (54)  7811 1010.

 Em breve, programação completa.

Nessas férias permita que seu filho brinque, se divirta, faça descobertas e novas amizades.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

OFICINA DE FÉRIAS


A Clínica Jeito de Ser, em parceria com a casa de festas Allegria Festas, está promovendo mais uma oficina de férias para o mês de Julho. Desta vez, o tema será “O Circo”.
A oficina acontecerá de 25 a 28 de Julho, das 13:30 as 17:30 na Allegria Festas.
Na segunda e Terça-feira, quem comandará a programação é a equipe Circense da Festalegre de Porto Alegre. Na quarta-feira, as crianças poderão desenvolver o equilíbrio, com a ajuda da Educadora física Simone Dal Ponte e da fonoaudióloga Érica Cimadon.
E, na quinta feira, as crianças contarão com uma oficina de maquiagem e confecção de  fantasias de palhaços, sob o comando da educadora Ana Luisa Borges e da psicopedagoga Letícia Casonatto.
Juntamente com essa programação, as crianças terão um momento de lanche e recreação, no qual poderão aproveitar todos os brinquedos que a casa de festa oferece.
O valor da oficina é R$ 157,00 para os 4 dias, com dois lanches por dia inclusos, ou, R$ 50,00 por oficina.
Para informações e inscrições, ligue para (54) 3454 4092

quinta-feira, 9 de junho de 2011

OS PREJUÍZOS DA RESPIRAÇÃO ORAL


O nariz tem a função de filtrar, aquecer e umidificar o ar que respiramos. Ele é o guarda-costas da garganta e do pulmão, visto que o ar quente, puro e úmido preparado pelo nariz não agride as vias aéreas. Algumas crianças, no entanto, por apresentarem alterações na cavidade nasal e adquirem o habito de respirar pela boca, o que acarreta em danos importantes para o seu desenvolvimento.
Essas crianças ficam com os lábios entreabertos e com os dentes expostos, sua postura corporal se modifica para facilitar a passagem do fluxo aéreo pela cavidade oral, tendendo a curvar os ombros para frente. Seus lábios se tornam ressecados e se ferem com facilidade, aumentando também a incidência de doenças bucais. O posicionamento da língua se modifica, alterando até mesmo a deglutição. Com isso, há uma mudança na estrutura óssea do céu da boca, tornando-o profundo. A arcada dentária se desenvolve inadequadamente, os dentes ficam mal posicionados e a face torna-se alongada e menos expressiva. Além disso, os respiradores orais tendem a dormir mal, e dessa forma, não restauram as energias mentais e psicológicas. Podem apresentar ronco, perda saliva durante o sono, um despertar difícil e sonolência durante dia, prejudicando assim, a concentração em suas atividades sociais e escolares.
O tratamento adequado deve envolver a participação do médico otorrinolaringolista, para diagnosticar e corrigir as alterações que estão causando tais problemas e do fonoaudiólogo, para reeducação da respiração. Muitas vezes, a participação do ortodontista é fundamental, para adequar as alterações dentárias decorrente da respiração oral.

Érica Cimadon
Fonoaudióloga CRFa/RS 9092

terça-feira, 19 de abril de 2011

16/04- Dia Mundial da Voz

 O Dia Mundial da Voz é comemorado a 16 de Abril e foi instituído com o objetivo de sensibilizar as pessoas para a importância da voz e os cuidados que devemos ter para manter uma qualidade vocal saudável. O ato de falar envolve um mecanismo orgânico complexo comandado pelo cérebro, entretanto fatores externos como alteração brusca da temperatura, fumo, álcool, poluição, contribuem para causar uma série de problemas às pregas vocais.
A voz nos diferencia de outras pessoas assim como a nossa fisionomia. Ela varia de acordo com o sexo, idade, profissão, personalidade, estado emocional e a intenção que a usamos. É através da nossa voz que expressamos nossos sentimentos, emoções, idéias e pensamentos.
A voz é produzida a partir do ar vindo dos pulmões, passando pela laringe, onde estão localizadas as pregas vocais. As pregas vocais, na expiração expiração, aproxima-se e vibram, produzindo assim o som. Este som, que de início é baixo e fraco, é amplificado pelas cavidades de ressonância (que são a faringe, boca e nariz). Após amplificado, o som é articulado na cavidade oral , por meio dos lábios, bochechas, língua, palato e mandíbula, dando forma as palavras.
Muito se fala em cuidados com a voz para os profissionais que dependem dela, como professores, radialistas, telefonistas, cantores, etc. No entanto, todos nós precisamos tomar alguns cuidados para manter uma qualidade vocal integra.
Alguns cuidados essenciais:
  • BEBER, EM MÉDIA DOIS (2) LITROS DE ÁGUA POR DIA, de preferência em temperatura ambiente.
  • DURANTE A FALA EXCESSIVA, BEBER ALGUNS GOLES DE ÁGUA (em temperatura ambiente), para umidificar a garganta.
  • EVITAR FALAR EM LOCAIS ONDE HAJA MUITO BARULHO.
  • EVITAR GRITAR E TOSSIR, pois provoca um intenso atrito nas pregas vocais, podendo lesioná-las
  • NÃO FUMAR, a fumaça irrita a mucosa da laringe, acumulando secreções nas pregas vocais, e o ressecamento da mesma mucosa.
  • EVITAR O AR CONDICIONADO, pois provoca o ressecamento das mucosas, alterando a vibração das pregas vocais. Se não for possível evitar o ar condicionado, procure sempre beber água, durante todo o tempo que estiver exposto a ele.
  • EVITAR O CONSUMO DE LEITE, CHOCOLATE E SEUS DERIVADOS ANTES A INTENSA ATIVIDADE VOCAL, pois esses alimentos aumentam a secreção de muco no trato vocal.
  • PROCURE CONSUMIR ALIMENTOS FIBROSOS, como maçã, que é um adstringente, ou seja, agem limpando a boca e faringe
  • PROCURE INGERIR SUCOS E FRUTAS CÍTRICAS
  • DURANTE A FALA, MANTENHA A CABEÇA RETA, pois assim permite a passagem do ar sem dificuldades.
As alterações vocais são chamadas de disfonias. Disfonia é qualquer dificuldade na voz, apresentando um impedimento na produção natural da voz, geralmente caracterizada por uma voz rouca. Pode ser ocasionado por uma disfunção, abuso vocal ou uso incorreto da voz, é mais freqüente em indivíduos que utilizam abundantemente a voz diariamente de uma forma incorreta. Se a disfonia persistir por mais de 15 dias, procure um fonoaudiólogo ou o médico otorrinolaringologista.
As alterações vocais, geralmente caracterizadas por rouquidão, são chamadas de disfonia. Tais alterações podem ser caudadas por mau uso vocal, abuso da voz, alterações nas pregas vocais, entre outros. Diante de um quadro de rouquidão persistente por mais de 15 dias, procure um fonoaudiólogo com um médico otorrinolaringologista.

Érica Cimadon
Fonoaudióloga CRFa/RS 9092

terça-feira, 22 de março de 2011

A influência da “dor de ouvido” na aquisição da linguagem.


A audição é sem dúvida o sentido mais importante para a aquisição da linguagem. É através do feedback estabelecido entre a fala e a audição que o sujeito adquire suas referências auditivas que irão ajudar na constituição de conceitos básicos para a construção da linguagem e para a aprendizagem.
As alterações auditivas, mesmo que mínimas, como otites, tampão de cera e presenças de corpo estranho no ouvido, muitas vezes, são insidiosas e silenciosas. Visto que as crianças acometidas não possuem um parâmetro que as façam perceber as alterações na qualidade sonora, tornando-as incapazes de relatar suas dificuldades naquele momento. Por isso, os sinais e sintomas das alterações auditivas, muitas vezes, são interpretados pela família e/ou educadores como características da personalidade da criança e não vistos como um alerta de que alguma alteração pode estar presente.
A “dor de ouvido”, chamada de otite, caracteriza-se pela inflamação da orelha média causada por infecções virais ou bacterianas, disfunção tubária, alergias e depressão do estado imunológico. A otite, quando não tratada, evolui para processos patológicos mais graves e complexos. Seus sintomas podem ser específicos, como dor de ouvido, irritação na orelha, coceira, diminuição da capacidade auditiva, distúrbios do equilíbrio, febre, distúrbios do comportamento, sono inquieto, irritabilidade e desconforto. A criança torna-se apática, apresenta sinais de cansaço, falta de atenção e desinteresse nas atividades.
Pelo menos uma vez, 71 a 100% das crianças até os 3 anos de idade são acometidas por uma quadro de otite. Entre elas, cerca de 17 a 30 % sofrem recorrência do quadro. Uma criança é portadora de otite recorrente quando ela apresentar três ou mais episódios de otite média em um período de seis meses, ou mais que quatro episódios em um ano. A perda auditiva decorrente da otite média pode variar de grau leve a moderado e pode ser temporária ou permanente, de acordo com a evolução e o grau de comprometimento do quadro.
Fique alerta com o comportamento de seus alunos e, diante de qualquer suspeita, oriente para a procurarem um médico e uma avaliação auditiva. Além disso, avaliar a audição das crianças regularmente é uma ação preventiva, que pode detecção possíveis alterações e, com isso, evitar futuros danos de linguagem e aprendizagem.

Érica Cimadon
Fonoaudióloga CRFa/RS 9092
Esp. em Neuropsicopedagogia e Educação Inclusiva
Aperf. em Neuroaudiologia (HCPA)
Pós Graduanda em Neuropsicologia (UFRGS)

Transtorno do Processamento Auditivo


Quando o bebê nasce, somente a parte periférica da audição está pronta. Os “caminhos” que os sons percorrem até chegar ao cérebro
ficarão prontos durantes os 2 primeiros anos de vida, de acordo com os sons e do ambiente no qual a criança está exposta. O
processamento auditivo se refere a uma série de operações que sistema auditivo realiza para receber, detectar, atender, reconhecer,
associar, integrar os estímulos acústicos e, a partir disso, planejar e emitir repostas. Ou seja, é “ aquilo que você faz com o que ouve”. É
uma habilidade sofisticada que é desenvolvida, principalmente durantes os primeiros anos de vida, por meio de experiências acústicas às
quais esta é exposta.
Distúrbio do processamento auditivo é uma dificuldade em lidar com as informações que chegam pela audição. A criança pode ter
audição normal e ter dificuldade para compreender o que é falado.
O comentário mais freqüente feitos por indivíduos com este distúrbio é “ Eu sei que você falou, mas não entendi o que você disse. Dá pra
repetir?” . Pais e professores acham difícil compreender como alguém, com audição normal, pode agir como surdo em alguns momentos.
Sendo assim, os sintomas são interpretados como falta de atenção e interesse, ou até mesmo, à preguiça ou descaso em responder a
eles.
Características das crianças com distúrbio do processamento auditivo:
- Crianças desatentas;
- Não acompanham uma conversa com muitas pessoas falando ao mesmo tempo;
- Não compreendem facilmente uma piada ou “duplo-sentido”;
- Não atendem prontamente quando chamadas, ou precisam ser chamadas várias vezes;
- Têm dificuldades para falar o “R”e o “L”;
- Se atrapalham ao contar uma história ou dar um recado;
- Apresentam dificuldades escolares, principalmente em matemática e português;
- Apresentem dificuldades para aprender a ler e escrever;
- Escrevem em “espelho” ou trocam letras na escrita;
- Apresentam letra feia;
- Têm dificuldades para entender o que lêem;
- Apresentam problemas de memória;
- São muito agitadas ou muito quietas;
- Apresentam dificuldade de relacionamento com crianças da mesma faixa etária.
Como Saber?
É necessário que a criança faça uma avaliação da audição completa, com um fonoaudiólogo, incluindo testes especiais para avaliar a
audição central.
O que fazer?
As habilidades auditivas, necessárias para a compreensão da fala podem ser treinadas. O tratamento inclui modificações no meio
ambiente, além de atividades e estratégias que estimulem as habilidades auditivas comprometidas.
Érica Cimadon
Fonoaudióloga CRFa/RS 9092
Esp. Neuropsicopedagogia e Educação Inclusiva
Aperf. em Neuroaudiologia (HCPA)