terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Alterações de Fala - Como lidar

A fala é produzida pela corrente de ar vinda dos pulmões, que torna-se audível pela vibração das pregas vocais. Além disso, os órgãos da cavidade oral (língua, lábios, mandíbula, dentes, palato e véu palatino) em contato entre si, promovem os movimentos necessários para dar a característica de cada som da nossa língua. Mas para que a produção da fala se dê de forma inteligível é necessário que o movimentos destes órgãos ocorram com precisão, velocidade, energia e coordenação adequada.  Além disso, consideramos como pré-requisito na produção da fala a integridade física, neurológia e psicológica da criança.
Quando ocorre uma inadequação nos fatores descritos a cima, teremos um distúrbio articulatório. Crianças acometidas por este distúrbio não apresentam alterações ou lesões anatômicas evidentes, no entanto, realizam distorções, omissões e/ou substituições de letras na fala, causando desta forma, um discurso, muitas vezes, de difícil entendimento. Vale lembrar, que devemos considerar o processo de desenvolvimento e aparição de cada som da nossa língua de acordo com a idade.
Quando procurar atendimento fonoaudiológico?
  • Quando o padrão  da fala não corresponde à sua idade;
  • Quando a fala da criança for ininteligível,
  • Quando a criança apresenta trocas que lhe causam incômodo ou vergonha para falar;
  • Quando a fala estiver alterada devido algum problema orgânico (“língua presa”, má oclusão dentária, etc.).

Para que a criança possa desenvolver cada fase da aquisição normal de fala, é preciso que os adultos que a rodeiam tomem alguns cuidados:
  • Não imitar o falar errado “errado” da criança, tampouco, pedir para repetir o que falou por achar engraçado ou bonito;
  • Quando a criança falar alguma palavra de forma incorreta, dar a ela o modelo correto sem repetir o erro;
  • Deixar que a criança  expresse oralmente o que deseja, não atendendo de imediato uma solicitação através de gestos (como apontar para o que quer)
  • Não usar palavras no diminutivo, pois, devido a suas semelhanças, sua memorização é dificultada.
 Érica Cimadon
Fonoaudióloga CRFa/RS 9092
Esp. Neuropsicopedagogia e Educação Inclusiva

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