sexta-feira, 2 de março de 2012

PROBLEMAS VOCAIS NA INFÂNCIA


A incidência de problemas vocais, também chamados de disfonia, na população infantil tem aumentado consideravelmente nos últimos tempos. Tais alterações manifestam-se na forma de rouquidão, soprosidade vocal, intensidade elevada ou fraca demais, tom de voz muito agudo ou muito grave para a idade ou sexo.  
Geralmente, a disfonia está associada aos hábitos nocivos ao sistema fonador, como esforços violentos e repentinos da voz ou uso constante de práticas vocais inadequadas como gritos, riso ou choro excessivo, pigarro, tosse, etc. Além disso, a disfonia pode ser decorrente do mau funcionamento das estruturas responsáveis pela produção da voz (laringe, cavidade oral e nasal), ou ainda, condições inadequadas de respiração (respirar pela boca).
Em muitos casos, os abusos vocais cometidos pelas crianças podem ocasionar a formação de nódulos nas pregas vocais, podendo haver indicação cirúrgica para removê-los.
Por isso, reforça-se a importância de pais e educadores estarem atentos as crianças durante suas atividades diárias, a fim de que se possam detectar o abuso vocal. Além disso, um trabalho de orientação quantos aos hábitos nocivos e cuidados com voz é imprescindível na prevenção de problemas ligados à voz.
Diante de um quadro de disfonia que persista por mais de 15 dias, o indicado é procurar a ajuda de um profissional, como um fonoaudiólogo ou um médico otorrinolaringologista. Além disso, deve-se evitar o uso de balas ou pastilhas para melhorar a qualidade vocal e priorizar sempre a ingestão de água em temperatura ambiente.

 Érica Cimadon - Fonoaudióloga

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